Tuesday, September 25, 2012

O Captain! my Captain!

Você já viu aquele filme "Sociedade dos Poetas Mortos"? No final dele, há uma famosa cena em que os garotos sobem em cima das carteiras e clamam "O Captain! my Captain!" para homenagear seu professor, Sr. Keating, que fora demitido injustamente.  É uma das cenas mais famosas do cinema. Mas você sabia da onde veio a referência a "Captain"? Bem, veio de um poema escrito por Walt Whitman em 1865, por ocasião do assassinato do presidente Abraham Lincoln. Dessa forma, a figura do Capitão do navio, morto, representaria o presidente assassinado e, o navio vitorioso, os EUA que acabavam de sair da Guerra Civil. Ouça a declamação do poema enquanto vc lê.
O Captain! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
For you bouquets and ribboned wreaths—for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You’ve fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.

Encontrei uma tradução bem legal(autoria de Luciano Meira):
Ó Capitão ! meu Capitão ! Finda é a temível jornada,
                Vencida cada tormenta, a busca foi laureada.
                O porto é ali, os sinos ouvi, exulta o povo inteiro.
                Com o olhar na quilha estanque do vaso ousado e austero.
                 
                            Mas ó coração, coração !
                            O sangue mancha o navio,
                            No convés, meu Capitão
                            Vai caído, morto e frio.

                Ó Capitão ! meu Capitão ! Ergue-te ao dobre dos sinos;
                Por ti se agita o pendão e os clarins tocam seus hinos.
                Por ti buquês, guirlandas...Multidões a praias lotam.
                Teu nome é o que elas clamam; para ti os olhos voltam.

                             Capitão, querido pai,
                             Dormes no braço macio...
                             É meu sonho que ao convés
                             Vais caído morto e frio.

                 Ah! meu Capitão  não fala, foi do lábio o sopro expulso,
                 Meu calor meu pai não sente, já não tem vontade ou
                                                            /   pulso.
                 Da nau ancorada e ilesa, a jornada é concluída.
                 E lá vem ela em triunfo da viagem antes temida.

                              Povo, exulta ! Sino, dobra !
                              Mas meu passo é tão sombrio...
                              No convés meu Capitão
                              Vai caído, morto e frio.

Legal, né?
Para mais informações, visite o site da Biblioteca do Congresso dos EUA. Referência. Versão em Inglês.

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